O uso dos chifres em cerimônias.
Chifres tem um lugar a parte no mundo dos Orisás, no caso de Oya, minha Mãe gosta de ser chamada pela batida forte de um par de chifres de búfalo um contra o outro, de preferencia no meio das ventanias, já seu afonse(afoxe), arma sagrada que guarda o poder do sacrifício sem a utilização das mãos ou armas, somente sendo utilizado para este fim os ofós, orins e orikis deste Orisá e tem de ser feito no chifre do antílope, e o único que não pode ser usado para nada para este Orisá é o de carneiro, por ser sua interdição, que por nós, povo de Orisá é chamado de quizila…
Sobre a natureza do Orisá, esta claro que estas energias estão para nós facilitadas pelas nossas fraquezas ou imperfeições, e conta uma lenda (itan que é uma história que humaniza o Orisá para nós humanos entendermos a partir de nós mesmos, e quando entendemos a mensagem, devolvemos estas energias a condição de Deuses) que Oya é mais braba que o seu marido Sango, Oya é a própria violência, insubordinada a razão, Oya é aquela que domina os segredos dos temporais, do fogo, dos trovões e relâmpagos, que originalmente pertencem ao seu marido Sango, mas que passaram a ter domínio também de Oya, mas tudo isso por amor ao Criador, Olodumare… Logo quando este Orisá desperta dentro de um ser, é hora de voar alto e com independência e inteligência, pois a cabeça será a melhor arma.
Por Ifá Talabi Solá Oju Obá Omi{jcomments on}