Orixá Olokun.
Na Mitologia Yoruba, Olóòkun ou Olokun – No Benin é considerado como do sexo masculino e em Ifé como sendo do sexo feminino, divindade do mar. Proprietário/a (Olo) dos Oceanos (Okun).
Olokun é o Orixá Senhor do mar, é andrógino, metade homem e metade-peixe, de caráter compulsivo, misterioso e violento. Tem a capacidade de transformar. É assustador quando irritado. Na natureza é simbolizado pelo mar profundo e é o verdadeiro dono das profundezas do presente, onde ninguém jamais esteve. Representa os segredos do fundo do mar, como ninguém sabe o que está no fundo do mar, apenas Olokun. Também representa a riqueza do fundo do mar e da saúde. Olokun é um dos Orixás mais perigoso e poderoso do culto aos Orixás.
Diz-se que ele foi acorrentado ao fundo do oceano, quando ele tentou matar a humanidade com o dilúvio. Sempre retratado com escudo. Seu culto é na cidade de Lagos, Benin e Ile Ifé. Seu nome vem do yoruba Olokun (Olo: proprietário – Okun: Mar). Representa a riqueza dos fundos marinhos e a saúde. Todo os Babalawôs devem cultuá-lo e sempre deve ser assentado com suas 18 ninfas que são suas esposas, as 9 Olossás e as 9 Olonas. Elas são ninfas da água, representa os rios, córregos, lagoas, cachoeiras, nascentes, lagoas, extensões marinhos e de águas pluviais.
Olokun no Brasil
No Brasil é cultuada como mãe de Iemanjá e dona do mar (Olokun).
É cultuada nas casas de candomblé tradicionais, mas não toma parte nas festas, não são entoados cânticos no “xirê”, assim como acontece com outros orixás (Orunmila, Oduduwa). São assentados mas não são “iníciados” iawos para estes orixás.
Com a vinda de sacerdotes africanos para o Brasil, hoje tenta-se resgatar o culto, porém sem identificação pelos fiéis. Talvez por não se ter conhecimento e sincretismo.
É homenageada durante a Festa de Iemanjá. Em cuba Olokun foe ligado no fundo do oceanos por Oshala pra evitar que com sua força fez calamidage. Nao se sicretiza e nao fala si no por boca de sua filha. No vodum cubano uma etitade que pode ser como Orokun es Nana Burku que representa o principio e a madre de Lemonja.
Queremos apresentar um pouco do itan de Olokun, em pequisa sobre este culto ao Orisa (livro “Ólóòkun: Owner of Rives and Seas”).
ORÍKÌ ÒLÒKUN
Ìbá Òlòkun fe mi lo’re
Ìbá Òlòkun omo re wa se fun oyí o
Òlòkun nu ni o si o ki e lu re ye toray
B’omi ta ‘afí
B’emi ta’afí
Òlòkun ni ‘ka le
Mo jùbá
Àsè! Àsè! Àsè!
Tradução Para Português:
Eu saúdo o Senhor dos Oceanos.
Eu saúdo o Senhor dos Oceanos cuja grandiosidade não me cabe entender.
Olokun, minha fé é tão grande quanto a quantidade de água existente nos mares.
Da mesma forma
Permita que haja paz em meus caminhos!
Olokun, espírito imutável
A quem reverencio com muito respeito!
Assim seja!Assim Seja! Assim Seja!
Omobe – O Primeiro Sarcedote de Olokun
Em Ebvoesi, havia um menino chamado Omobe (malandro, criança problemática), que tinha grande capacidade física e foi treinado para ser um lutador.
Como ele cresceu mais suas habilidades de “lutador” cresceu mais forte e em pouco tempo ele era considerado o maior lutador do mundo.
No seu nascimento, o sacerdode adivinho do local, alertou seus pais para não permitir Omobe para escalar as palmeiras.
Mas um dia, enquanto seus pais estavam fora, ele decidiu escalar uma palmeira de qualquer maneira.
Do alto de que ele poderia perscrutar o mundo dos espíritos ele notou que várias divindades se reuniram para uma luta fantástica! Ele imediatamente desceu e fez o seu caminho para o mundo do espírito para testar a sua própria sorte entre uma variedade de bebidas espirituosas.
Ele venceu todos os adversários: Todos deuses e outros.
Finalmente, ele se preparou para lutar Olokun.
Enquanto ele convocou toda a sua força física, Olokun desenhou em seus poderes espirituais.
Durante o jogo, Omobe tentou jogar Olokun para o chão, mas acabou que Olokun entrou firmemente em sua cabeça.
Todas as tentativas de remover Olokun de cabeça falhou e, Olokun declarou Sua morada permanente, como um sinal de arrogância de Omobe e desrespeito para com os outros espíritos.
Quando voltou para casa Omobe o sacerdote adivinho aconselhou-o a acalmar Olokun ou iria morrer.
Assim, por sete dias Omobe fez do sacrifício. No último dia Omobe foi iniciado como o primeiro sacerdote de Olokun.
Após isto, Olokun afrouxou o controle sobre a vida de Omobe.
Diz-se que a falta de respeito de Omobe pelo seu pai, e os anciãos espirituais e as divindades lhe haviam desembarcado em situação tão precária.
- Folha da Riqueza (ewé ajé)
Os adimus de Olokún
Os adimus – oferendas de comida— preferidos de Olokún são porco frito e tiras de bananas verdes fritas. Em adição, Olokún gosta de akará—bolos fritos de feijão fradinho, de ekuru arô—um tipo de pão de forma, feito de feijão fradinho cozido ao bafo dentro de folhas de bananeira, egbojá—um prato feito com milho moído, porco e/ou camarões secos, peixe defumado coberto com molho de tomate e cebola ou com um molho verde feito com salsinha e outros condimentos; melancias e melões de todo tipo, uvas vermelhas, melado de cana, côco grelhado com melado de cana e canela, gofio—bolas de milho torrado ou de farinha de trigo com melado de cana e canela ou mel e boniatillo—um tipo de pudim feito com batatas doces brancas.
{jcomments off}