Governador de SC se retrata após ato da PM contra Afro-Religiosos
Umbandistas se uniram em todo o país, e até no exterior, exigindo que fosse cumprida a Constituição brasileira
A invasão da Tenda de Umbanda Caboclo Pajelança situada no município catarinense de Jaraguá do Sul, no último dia 26 de junho, por policiais militares, teve grande repercussão junto à Comunidade das Religiões de Matriz Africana. Além de mandar paralisar a sessão de pretos velhos, a PM prendeu um Ogan, menor de
idade e alguns freqüentadores. Além disso, destruíram objetos sagrados do Terreiro. Essa violência policial não poderia passar impune. Os militantes pelas causas das Religiões Afro-Brasileiras, Átila Nunes e Átila Nunes Neto procuraram o governador de Santa Catarina Leonel Pavan, pedindo uma providência enérgica contra essa violência policial aos Umbandistas. Diante da repulsa nacional à Policia Militar catarinense, o governador Leonel no último dia 12, ligou pessoalmente para Átila Nunes e Átila Nunes Neto, afirmando textualmente o seguinte, e solicitando essa divulgação:
“Reconheço, como governador, que houve sim, uma absurda violência policial no ato de invasão de um culto religioso em Santa Catarina. Como governador, tomei medidas enérgicas que sirvam de exemplo e nunca mais tal fato venha a ocorrer no nosso Estado, onde não toleramos qualquer tipo de discriminação”
Agradecendo a intervenção do governador, o deputado Átila Nunes, disse-lhe que sua decisão, como maior autoridade daquele Estado, interromperia novas tentativas de invasão policial nos terreiros umbandistas. Para Átila Nunes Neto, os grandes vitoriosos foram os Umbandistas que se uniram em todo o país, e até no exterior, exigindo que fosse cumprida a Constituição Brasileira, que garante o livre exercício dos cultos religiosos.
Átila afirmou ainda que “as providências tomadas pelo governador catarinense Leonel Pavan, é prova indiscutível de que as autoridades brasileiras estão conscientes da existência do Estado de Direito em nosso país, e que não pode ser desafiado por policiais a bel prazer”. O governador agiu duramente, não permitindo que um inquérito se arrastasse por 40 dias, quando existem provas contundentes (ver fotos em anexo) de que houve indiscutível violência policial e vilipêndio religioso.
Leia abaixo, alguns trechos da carta de Átila Nunes e Átila Nunes Neto ao governador de SC:
“Senhor Governador de Santa Catarina Leonel Pavan,