INSTRUMENTOS DA JUREMA SAGRADA CATIMBÓ

 
 

 

Introduziu o uso do tambor nas sessões de Jurema. Hoje em dia os Juremeiros de Alhandra já tem mais aceitação de seu Zé, mas os muito velhos dizem que Mestre de respeito não bebe e por isso não o cultuam como Mestre. Os Juremeiro antigos não bebiam Jurema, mas apenas cheiravam o cauim e passavam para o irmão da direita ou da esquerda dependendo do tipo de trabalho.

Afoxés

Instrumento de madeira e/ou plástico com miçangas ou contas ao redor de seu corpo. O som é concebido ao girar as miçangas em um sentido, e a extremidade do instrumento (o cabo) no sentido oposto.

 

Alfais

Oriunda de Pernambuco, o corpo pode ser feito de madeira de macaíba ou de compensado (madeira prensada). As Extremidades podem ser feitas de jenipapo ou ferro. A pele é de cabra ou bode, e as cordas ao redor do tambor são de cisal. É tocada com um par de macetas.

Berimbaus

De origem Africana, o Berimbau é muito usado em Candomblé e capoeira. Tem um timbre peculiar produzido através do impacto da vareta e do aperto da argola ou moeda, na corda de metal junto com uma cabaça utilizada como caixa de ressonância. Tocado junto com o caxixi para este ser sacudido entre os toques.

Bombos

De som grave, é tocado por uma maceta. Esta pode ser usada com uma bolota de feltro em cada ponta, duas baquetas de surdo ou tímpano, para obter assim o efeito de trêmulos. É o maior dos tambores de duas peles. Pode ser apoiado em um cavalete ou pendurado no corpo do executante dependendo do tamanho. Ás vezes chamado de bumbo.

Bongôs

São dois pequenos tambores, um agudo e um grave, com afinação através de parafusos de metais no corpo do instrumento. De origem africana, é muito usado em Reggae e salsa em combinação com as congas.

Caixas

De madeira ou de metal, a caixa tem forma cilíndrica e com pele dos dois lados. A tradicional era afinada com um sistema de cordas, e a atual com aro metálico apertados por borboletas com esteiras na parte inferior, ou seja, na pele de respostas. Existem diferentes caixas com nomes específicos devido aos diferentes tamanhos e timbres. Por exemplo:

Caixa clara, Caixa-de-guerra, pícolo e outras.

Caxixis

Feito de palha, normalmente marca o tempo com o seu som peculiar . Alguns são feitos com pequenos pedaços de acrílico ou simplesmente arroz ou sementes de beriba para soar o som. Existem vários tamanhos de caxixis.

Carrilhões

Instrumento basicamente de efeito. Com bastões de metal de diferentes tamanhos, o carrilhão concebe um som crescente e decrescente bem peculiar.

Pandeiros

Oriundo da Africa oriental, é considerado um instrumento de percussão completo pois oferece os timbres graves,médios e agudos. Feito de madeira, couro de cabra e cinco pratinelas, o pandeiro convencional no Rio de Janeiro foi introduzido no samba e chorinho como instrumento de base. Depois se espalhou pelo país de várias formas, e ritmos. usado em musicas folclóricas, populares, pop, eruditas, entre outras.

Paus De Chuva

Tem sua sonoridade produzida quando virado, pois as miçangas caem formando um som semelhante ao da chuva.

Pratos

Podendo ser de condução, ataque ou apenas para efeito, os pratos possuem um som brilhante e definido. Apresentam uma grande variedade de modelos com características próprias; como por exemplo o Splash, que emite um som mais curto e breve.

Rebolos

Conhecido também como Tan tan, é tocado com uma mão no corpo e a outra na pele do instrumento. É mais conhecido com esse nome em São Paulo.

Reco Recos

De origem Africana, é feito de bambu ou ferro. O som é conseguido através da fricção da vareta nas extremidades e sulcos do instrumento. Muito usado em Samba de raiz e reggae.

Repiniques De Mão

Popular no Brasil, responsável pela variação de ritmos. Feito normalmente de alumínio. É tocado com uma mão na pele e outra batendo no corpo do instrumento.

Repiniques

Criado pelas escolas de samba para repinicar um som mais agudo. É também usado como instrumento de introdução e de solo diante a bateria da escola. No samba é tocado com uma baqueta na mão direita, e a mão esquerda fazendo contra ponto direto na pele do instrumento, ou vice-versa. Tocado junto com os tamborins em ritmo galopado.

Surdos

De som grave, é usado para marcar o tempo e o ritmo. Existem três tipos de surdos: o de primeira, o de segunda, e o de corte (ou de terceira). O surdo é o coração das baterias de escolas de samba. Muito usado também em frevo, samba

Tamborins

Usado em samba tradicional com levada telecoteco, e nas escolas de samba com a levada naipe. Instrumento de pequeno tamanho, e grande efeito sonoro.

Tantans

Tocado com uma mão na pele e outra no corpo do instrumento. Às vezes é usado como instrumento de base, às vezes como de variações durante a execução.

Taróis

Muito usado em reizados, fanfarras e outras manisfestações do nosso folclóre. Um tipo de caixa acústica com pele natural dos dois lados, com esteiras na pele inferior.

Timbais

Tambor com pele de nylon inspirado no tradicional Timba, foi introduzido na timbalada por Carlinhos Brown. Atualmente está sendo usado na musicas baiana em geral. Com sua afinação aguda, o Timbal produz um som bem estralado.

Timbales

De origem cubana, é constituído por duas peças, uma ligada à outra com pele de nylon. Com um som grave e outro

agudo, é tocado com duas baquetas de madeira um pouco mais finas do que as baquetas de bateria. Muito usado na

Timbas

Da mesma família do Tan tan e do Rebolô, a Timba, muito usada no samba, tem um som grave que marca o tempo binário com uma mão na pele e a outra faz o contra ponto no corpo.

Triângulos

O som é tirado através do movimento do bastão batendo no triângulo em sincronia com a mão que segura e determina o som aberto ou fechado. É mais usado em combinação com Zabumba e sanfona em ritmos regionais como fórro, xaxado,

xote etc. Normalmente é feito de ferro ou aço, mas podem ser encontrados em alumínio.

Zabumbas

Instrumento característico de ritmos regionais como coco, xaxado, fórro e xote. Com seu som grave marca o tempo forte da música. Marca também o contra tempo devido à sua vareta chamada Bacalhau, que bate na pele inferior. O som grave funciona como uma espécie de bumbo de bateria, enquanto o bacalhau, uma espécie de caixa. Sua pele pode ser de couro ou de nylon, sendo que este não apresenta problemas com as afinações provocadas por temperaturas climáticas.

NOMES DE RUAS DO RECIFE

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Nomes poéticos: do Sol, da Aurora, da Saudade, da Serenata (Voluntários da Pátria), da Alegria, do Sossego, da Amizade, da Harmonia, do Suspiro (Butrim), dos Casados, dos Sete Pecados (esta no Arruda), Lírica da Torre (Visconde de Uruguai), da Tristeza (José de Holanda), das Artes (Cleto Campelo), Praça do Sol (da Roda), do Novo Mundo (Siqueira Campos), Caminho Novo (Conde da Boa Vista, a partir da esquina da Rua da Soledade), Conceição dos Coqueiros (da Conceição), Caminho do Hospício de Jerusalém (do Hospício), do Atalho (Manuel Borba), da Maravilha (Tamaniquá), dos Anjos (Catumbi), Camboa do Bosque (Fagundes Varela), da Atração (Cardoso Ayres), dentre outros.

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Nomes tradicionais: do Crespo (Primeiro de Março), do Mar (Alfredo Lisboa), do Lazareto (Conselheiro Aguiar), do Ouvidor (Marquês do Recife), das Cruzes (Diario de Pernambuco), do Queimado (Duque de Caxias), dos Judeus (Bom Jesus), da Cadeia Velha (Marquês de Olinda), da Cadeia Nova (Imperador Pedro II), Aterro da Boa Vista (Imperatriz Tereza Cristina), do Trapiche (Alfredo Lisboa), do Sebo (Barão de São Borja), Velha, da Matriz, Pátio da Santa Cruz, do Cotovelo (Visconde de Goiana), – das Florentinas, Pátio do Paraíso, das Trincheiras, de Hortas, Augusta, Alecrim, Santa Tereza, do Caldeireiro, Campina do Bodé (todas ocupadas pela atual Avenida Dantas Barreto) –, do Aragão, da Hora, do Veras, dos Pires (Gervásio Pires), dos Ferreiros (Sete de Setembro), da Bóia (do Amorim), do Açude (Caetés), da Senzala Velha (Domingos José Martins), da Senzala Nova (Maria César), do Arsenal de Marinha (Vital de Oliveira), da Lapa (Tuiuti), do Azeite de Peixe (Madre de Deus), do Lamarão (Jorge de Albuquerque), Campo do Erário (Praça da República), Praça do Comércio (Praça Rio Branco), só para citar esses.

Existem ainda as designações curiosas: Sem Nome (Pirapora), dos Nus, dos Casados, dos Solteiros (do Ferreira), do Cochicho, do Tramways (Lagoa Dourada), do Cinema (Amélia Jesuína), do China (Norberto de Paiva), da Tapera (Juvanda), da Diligência, das Calçadas, da Capoeira (Apucarana), da Areia (Horácio Cahu), das Lágrimas (Laura Campelo), Praça da Torre (Barreto Campelo), da Tarraxa (Luiz Sales), do Fundo do Frasco (Campos Sales), da Teimosia (Andaraí), do Vadeio (Manuel de Barros Lima), das Velhas (Ubiratã), das Crianças, das Moças, dos Ossos (24 de Maio), da Viração (Felipe Camarão), das Almas (Manuel Pereira), da Foice (Nossa Senhora de Fátima), da Facada (Guimarães Peixoto), da Bola, da Caçamba (Cassiporé), do Cacete (Barros Sobrinho), do Cu do Boi (Joaquim Felipe), do Caldeirão (Marquês de Tamandaré), do Caixão (Tabaiares), do Engole (Vicente Pinzon), das Creoulas, do Cravo Branco, da Cruz das Almas (Muniz Tavares), dos Currais (Augusto Wanderley), do Deus Dará (Malhada), do Corrimboque (Clemente Pereira, da Cotia (Luiz Cerqueira), dos Dois Amigos (Pinto Teixeira), Dois Leões (Virgílio de Medeiros), da Estância (Henrique Dias), do Pombo Roxo (Manuel Bernardes), do Pavão (Córrego do Bartolomeu), da Pedra Mole (Manuel de Medeiros), do Quiabo (Eurico Chaves), da Mangaba (Franklin Távora), do Maxixe (Acre), das Meninas (Marquês de Baependi), do Maduro (Natividade Saldanha), do Lucas (Carlos Gomes), do Machado (Lajedo), do Maracatu (Ibirana), da Maravilha (Paranaguá), do Matadouro (Correia de Brito), da Matinha (Carneiro Vilela), do Jaú (Francisco Rabelo), do Balão (Marques Amorim), do Jasmim (Edmundo Bittencourt), do Jockey Club (Oscar Raposo) dos Mudos (Altinho), da Lama (Gomes Taborda), do Espinhaço da Gata (Leandro Barreto), do Fidélis (Fidélis Moliterno), do Figueiredo (Souza Bandeira), do Taquari (Marquês de Maricá), do Correio (Gregório Júnior), da Mangueira (Leão Coroado), da Baixa Verde (Paulo Bittencourt), do Cajueiro (Avenida Portugal), Alameda das Acácias (Dezessete de Agosto), Alameda dos Jasmins (Alfredo Coutinho), do Urso (Othon Paraíso), do Veado Branco (São Pedro), das Águas Verdes, Direita, do Urubu (Malaquias Gonçalves da Rocha), do Camarão (Martins Júnior), da Cobra (Osório de Almeida), Cantinho do Céu (Antônio Ferreira Lima), Campo do Modesto (Ursulino Carvalho), dentre outras para não cansar o leitor.

A fim de que a memória dos nomes das ruas do Recife não se perdesse de todo, a direção da Fundação de Cultura Cidade do Recife (1981) iniciou a catalogação nos nomes antigos das ruas, visando colocar, abaixo da placa com o nome atual, a sua primitiva designação, a exemplo do que já acontece com algumas cidades brasileiras.

Em novembro de 1992, quando do transcurso do 5º Centenário da Expulsão dos Judeus da Espanha, por iniciativa do autor destas linhas, foram colocadas as atuais placas na Rua do Bom Jesus. Graças ao apoio do então presidente do Centro Israelita, Germano Haiut, e do artista plástico Bernardo Dimenstein, o gravador Ferreira pôde confeccionar as placas em cerâmica, assinalando não somente o local onde funcionou a primeira Sinagoga das Américas, mas a sua primitiva denominação: Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus 1636 – 1654.
As demais, porém, algumas delas conservando as suas denominações na memória e toponímia popular, ficaram à espera de outros homens de boa vontade.

JUREMEIRO NETO 62.81592112

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